O plano de Cueva

Cueva saiu de campo minutos depois de o São Paulo sofrer o gol do Santo André. Faça chuva ou faça sol, Rogério Ceni tem cumprido à risca o projeto da comissão técnica de preservação do peruano. Para não deixá-lo fora da partida, como fez com outros titulares como Rodrigo Caio, João Schmidt e Pratto, o técnico combinou de tirá-lo em certo momento na etapa final.

Tanto cuidado tem um motivo: veja o que Ceni disse de Cueva:

– O meio-campo tem o passador, o que cria energia para levar a bola e o mágico, que tenta fazer as coisas diferentes. O Cueva tem liberdade para tentar fazer. Ele com boas condições físicas e querendo jogo é um dos melhores jogadores do futebol brasileiro – elogiou o treinador ao ser questionado sobre uma comparação entre o peruano e o antigo dono da camisa 10, Ganso.

– São dois jogadores geniais. O Ganso é mais de enfiar a bola, o Cueva tem vantagem no um contra um. O Ganso é um gênio, o Cueva é um excepcional jogador, é um privilégio, como atleta e treinador, ter trabalhado com dois camisas 10 de tamanha qualidade como eles.

Ao trocar o meia por Wellington Nem, Ceni aproveitou para fazer uma experiência na equipe, e voltou a ter dois atacantes de velocidade, um de cada lado, como havia esboçado na partida contra o River Plate, pelo Torneio da Flórida.

Deu certo. O terceiro gol do São Paulo, marcado por Luiz Araújo, teve assistência de Nem. 

O peruano é tão importante que Rogério Ceni já pensa em como montará o time nas rodadas em que não tiver seu camisa 10, convocado para defender sua seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Cueva perderá os jogos contra Botafogo, Corinthians e, possivelmente, São Bernardo, todos pelo Campeonato Paulista.

Depois da vitória por 4 a 1 sobre o Santo André, Ceni disse que, além dessa possibilidade de atuar com dois velocistas, até Thiago Mendes pode jogar em seu lugar. Até lá, entretanto, a tarefa do treinador será cuidar da melhor maneira de seu principal criador.

Fonte: Globo Esporte

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